Nossos principais números

Quando, em julho de 2021, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu que os planos de saúde individuais ou familiares teriam percentual de reajuste negativo no período de maio de 2021 a abril de 2022, entendemos que ali estaria o principal desafio do ano em termos financeiros. Sabíamos que o impacto ia ser enorme e difícil de reverter.

O índice estabelecido foi de -8,19% e, segundo a ANS, reflete a queda das despesas assistenciais ocorrida no setor no ano de 2020 em virtude da pandemia de Covid-19. Na prática, o percentual negativo resultou em redução na mensalidade. Mas não somente dos planos individuais e familiares. A decisão da ANS desencadeou um efeito dominó também nos planos empresariais – que não são regulados pela agência –, pressionando as negociações. Os índices de reajuste dos contratos PJ foram, em grande parte, menores do que deveriam.

Além disso, apesar de a ANS justificar o reajuste negativo com a diminuição dos gastos assistenciais por parte das operadoras, em 2020, devido à pandemia, vimos uma explosão de procedimentos médicos represados no ano anterior sendo realizados em 2021. E com complexidade maior, especialmente os oncológicos, já que houve postergação na procura por médicos e tratamentos.

Desde então, definimos e trabalhamos por uma causa: entregar um resultado positivo no fim do ano. Já sabíamos que seria menor que 2020, mas que fosse positivo. Todas as ações foram focados em buscar alternativas para superar esse grande obstáculo que se apresentou, com o objetivo de alcançar excelência no atendimento e, ao mesmo tempo, o controle de despesas.

E conseguimos. A capacidade da empresa de seguir em frente com determinação, mesmo quando percalços aparecem, mostra que viramos especialistas em dar a volta por cima. A Unimed-Rio fechou o ano com resultado líquido de R$ 39 milhões. Positivo.

A receita, em 2021, totalizou R$ 5 bilhões, 3,8%, maior que em 2020. Mesmo com a perda de R$ 73 milhões em função do reajuste negativo nos planos PF, conseguimos crescer. O aumento foi puxado pelos reajustes nos contratos PJ, ainda que menores, e crescimento da carteira. Ultrapassamos a marca de 800 mil clientes, chegando a 809 mil vidas em 2021, sendo 331 mil novos beneficiários.

Com o aumento na realização de cirurgias e exames eletivos em 2021, as despesas assistenciais saltaram de R$ 3,5 bilhões em 2020 para R$ 4,2 bilhões no ano seguinte. Com isso, o índice de sinistralidade (relação entre custo assistencial e receita líquida), que determina parte relevante do resultado da operadora, também subiu, de 72,1% para 83,8%.

Como o resultado de 2021 foi duramente afetado pelo reajuste negativo e maior utilização, ao mesmo tempo que os números de 2020 também foram influenciados pela pandemia, mas, nesse caso, positivamente, por conta da suspensão de procedimentos eletivos e, portanto, menor despesa assistencial naquele ano, disponibilizamos para você, abaixo, além do histórico anual, a média do biênio 2020/2021. Dessa forma, é possível ter uma visão mais apurada dos últimos anos.

Por fim, destacamos a redução da dívida bancária da operadora, que fechou 2021 em R$ 28,5 milhões, e vem caindo a cada ano. Em 2020, era de R$ 32,4 milhões. O patrimônio líquido também registrou melhora significativa, passando de R$ 849 milhões negativos em 2020 para R$ 654 milhões negativos em 2021. Vale lembrar que, em 2016, ele era de R$ 1,2 bilhão negativo.

Sinistralidade

78,1%

Biênio 2020/2021

Receita

R$ 4,9 bilhões

Biênio 2020/2021

Resultado Líquido (sobras)

R$ 98,5 milhões

Biênio 2020/2021

Resultado Bruto

R$ 906 milhões

Biênio 2020/2021

EBITDA

R$ 150,9 milhões

Biênio 2020/2021

Despesas Assistenciais

R$ 3,8 bilhões

Biênio 2020/2021

Despesas de Comercialização

R$ 369 milhões

Biênio 2020/2021

Despesas Administrativas

R$ 390 milhões

Biênio 2020/2021

Dívida Bancária
Patrimônio Líquido